BLACKNING - Alienation


Bem diz a velha máxima: “talento não se compra”. A banda paulista BLACKNING formada por Francisco Stanich (ex-WOSLOM) no baixo, Cleber Orsioli (ex-ANDRALLS) nas guitarras e vocal, e Elvis Santos (ex-POSTWAR) na bateria comprova isso com força descomunal neste segundo álbum em menos de dois anos do lançamento de seu debut, Order of chaos(2014). Mas o que há de tão especial assim? O simples fato de terem aqui proporcionado músicas com dinâmica heterogênea, saindo da mesmice que muitas bandas adentram, peso e rispidez, técnica e doses cavalares de feeling. Todo o cuidado tomado desde as composições em si e a produção, que caiu novamente na mão eficiente de Fabiano Penna (Rebaelliun), até a bela arte gráfica novamente a cargo do artista Marcus Zerma da Black Pague Design, é digno de atenção. A embalagem em um formato digipack de altíssima qualidade fecha o capote sem faltar nada. É impressionante o arrastão sonoro que já entra pelos falantes na execução da tríade inicial: Street justiceThru the eyes e Mechanical minds. Com certeza, essa trinca levantaria muitas rodas insanas de mosh nos shows. Durante todas as 10 músicas a única coisa que não há é pausa ou momentos “mais lentos”. Ainda se destacamWeapons of intolerance e as participações especiais com vocais adicionais de Andre Alves (Statues on Fire, Nitrominds, Musica Diablo) no petardo Corporation e Lohy Silveira (Rebaelliun) em Devil’s child. É ótimo estar sempre vendo surgirem nomes que tenham cacife pra levar o nome do Brasil nos palcos do Metal mundo afora, e o BLACKNING é um soldado mais do que qualificado para carregar esta bandeira. Nota: 9,5
Por Écio Souza Diniz
Faixas: 1- Street justice/ 2-Thru the eyes/ 3-Mechanical minds/ 4-Dark days/ 5- Weapons of intolerance/ 6- Dyed in blood/ 7- Devil’s child / 8-The rotten institution/ 9-Two-faced liar/ 10-Corporation